Incontinência Urinária: Isso NÃO é normal!

A perda pode ocorrer de duas formas:

§  Gotas: quantidade menor de urina.

§  Jato: quantidade maior de urina.

Normalmente é classificada em 3 tipos:

§  Incontinência de Esforço: quando há perda em atividades de impacto ou que necessitam de esforço, como exercícios físicos (musculação, jump, corrida), ao tossir, espirrar, rir, levantar-se da cama ou cadeira, entre outras. É o tipo mais comum.

§  Incontinência de Urgência: perde-se urina logo após uma vontade imensa e urgente de urinar, estando a bexiga cheia ou não. Acontece por uma contração involuntária e fora de hora da bexiga, que se esvazia.

§  Incontinência Mista: é quando há sinais e sintomas das duas incontinências descritas anteriormente.

Os fatores de risco/causas são:

§  Fraqueza dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP) – normalmente a principal causa da Incontinência.

§  Prolapso – descida de órgãos pelo canal vaginal (o posicionamento errado do órgão pode “irritar” a bexiga, fazendo com que ela tenha contrações involuntárias).

§  Gravidez (aumento de peso sobre a bexiga e músculos do assoalho pélvico)

§  Sobrepeso/Obesidade (aumento de peso sobre a bexiga e músculos do assoalho pélvico).

§  Déficit de estrogênio (este hormônio aumenta o trofismo (volume) e a vascularização dos músculos do assoalho pélvico – acontece principalmente na menopausa).

§  Dieta (alguns alimentos “irritam” a bexiga, como: álcool, refrigerantes, café, vinagre, cranberries, maçã, goiaba, pêssego, ameixas, pimentas, morango, uva, além do cigarro).

§  Constipação intestinal (o constante esforço para evacuar sobrecarrega os músculos do assoalho pélvico, deixando esses músculos mais fracos).

§  Doenças que causam tosse – por exemplo bronquite crônica, asma, infecções respiratórias (aumentam a sobrecarga e impacto sobre a bexiga e músculos do assoalho pélvico, deixando esses músculos mais fracos).

§  Exercícios de alto impacto (aumentam a sobrecarga e impacto sobre a bexiga e músculos do assoalho pélvico, deixando esses músculos mais fracos).

§  Aumento da próstata (com a próstata aumentada pode surgir uma vontade de urinar súbita e urgente, seguida de perda de urina).

§  Cirurgias na pelve – como de próstata, ginecológicas, urológicas (dependendo o caso pode haver lesão em estruturas importantes para a continência da urina, como os esfíncteres).

TRATAMENTO

Dependerá do tipo de incontinência, da sua gravidade e da causa. Pode ser necessária uma combinação de tratamentos, que vão de fisioterapia, medicamentos ou até mesmo cirurgia.

A fisioterapia é a primeira linha de tratamento, já que não é invasiva. Alguns recursos utilizados são:

·         Técnicas comportamentais

o   Treinamento da bexiga

o   Controle de fluidos

·         Cinesioterapia do assoalho pélvico

o   Exercícios livres ou com resistência para aumento da força dos músculos

o   Biofeedback (aparelho que permite o paciente visualizar a contração dos seus músculos do assoalho pélvico através do computador, através de eletrodo vaginal/anal ou na pele)

·         Estimulação elétrica

o   Através de eletrodos que podem ser inseridos na vagina/ânus ou colados na pele, é utilizada uma corrente elétrica que pode auxiliar na percepção e ganho de força dos músculos do assoalho pélvico, bem como inibir as contrações involuntárias e fora de hora da bexiga

Na área farmacológica, há medicamentos que diminuem a contração da bexiga e dos esfíncteres, que são úteis nos casos de Incontinência de Urgência.

Há também um dispositivo que auxilia na incontinência, chamado de Pessário: um anel rígido, existem vários formatos, que é inserido na vagina e usa-se todos os dias. Ele ajuda a segurar a bexiga, evitando a perda de urina. Normalmente indicado em casos onde há necessidade de cirurgia, porém não pode ser realizada.

       

Outras terapias de intervenção que podem ajudar com a incontinência incluem aplicação de Toxina botulínica tipo A (Botox) na bexiga e inserção de estimuladores de nervos (reorganizando os impulsos nervosos que vão até a bexiga, para que ela se contraia nos momentos certos).

Se os tratamentos conservadores acima descritos não funcionaram, há procedimentos cirúrgicos como:

§  Sling: tiras de tecido sintético ou de malha aplicadas em torno da uretra e colo da bexiga. Ele ajuda a manter a uretra fechada, principalmente quando tossir ou espirrar

§  Suspensão do colo da bexiga

§  Cirurgia de prolapso

§  Esfíncter urinário artificial.

Caso a cirurgia seja indispensável, a Fisioterapia atua tanto no pré quanto no pós-operatório, fazendo com que a pessoa tenha percepção dos seus músculos do assoalho pélvico e fortalecendo-os, de modo que prolonga os resultados cirúrgicos.

Causa um impacto muito grande na qualidade de vida das pessoas. Gera constrangimento social, mau cheiro, entre outras coisas. O grande problema é o impacto que ela causa. As pessoas ficam com vergonha, deprimidas, evitam sair de casa, o que acaba prejudicando suas relações sociais e familiares.

Incontinência Urinária NÃO É NORMAL, em nenhuma fase da vida!! Isso TEM TRATAMENTO! É simples, discreto, eficiente.

Procure atendimento especializado… Procure um Fisioterapeuta Pélvico!