O câncer de próstata é o segundo tumor mais frequente no homem brasileiro, sendo o Rio Grande do Sul o estado com maior número de casos: 109,59 a cada 100 mil homens, segundo INCA em 2016. Além disso, a estimativa é que 60 mil homens sejam vítimas até o final de 2017. Fatores genéticos hereditários, alterações em genes somáticos e hábitos alimentares estão relacionados ao desenvolvimento dessa neoplasia.
A prostatectomia radical é o mais antigo e possivelmente o mais eficaz método de tratamento do câncer de próstata localizado, podendo ser associada radioterapia e/ou quimioterapia. No entanto, essa operação causa muitas complicações, entre as quais a incontinência urinária e a disfunção erétil.
A incidência da incontinência urinária pós-prostatectomia radical variam de 5% a 57%. Em muitos pacientes, a incontinência melhora em alguns dias, semanas ou meses sem grandes intervenções. Entretanto, isso não acontece com uma pequena parcela dos homens.
O tratamento da incontinência após a cirurgia depende do seu mecanismo, da sua importância e do tempo pós-cirúrgico. O tratamento fisioterapêutico utiliza recursos como a eletroestimulação, biofeedback, treinamento comportamental e exercícios para o assoalho pélvico. A fisioterapia no pré e pós-operatórios logo após a retirada da sonda vesical é mais efetiva do que apenas a fisioterapia tardia, reduzindo o tempo para a obtenção da continência, sendo os melhores resultados nos primeiros quatro meses após a cirurgia.
A disfunção erétil neste caso é causada por lesão das fibras nervosas pélvicas, a manutenção da função sexual depende de vários fatores como idade, presença de doenças associadas, função sexual antes da cirurgia, preservação nervosa, estágio do tumor e experiência do cirurgião. O tempo de retorno da função erétil é variável, podendo ser maior que o da continência urinária (até 18 meses pós-operatório).
A Fisioterapia pode auxiliar na volta da função erétil através de recursos como a eletroterapia e exercícios pélvicos, realizados sob orientação de fisioterapeuta especializado e com engajamento do paciente. Os resultados aparecem após algumas semanas de tratamento e dependem de cada caso.
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Fisioterapeuta, realizou pós-graduação em Fisioterapia Pélvica, em Curitiba, sendo licenciada no método LPF (Low Pressure Fitness), com formação em NeoPompoarismo e cursos com ênfase nas áreas de Disfunções Coloproctológicas e Disfunções Sexuais.