Não costumamos pensar na pele como um órgão, mas é isso o que ela é: o maior órgão de nosso corpo, responsável pela troca de calor e água com o ambiente, encarregada de proteger os órgãos internos contra bactérias e de captar e enviar para o cérebro informações sobre calor, frio, dor e tato.
A pele tem três camadas, a epiderme (mais externa), a derme e o tecido subcutâneo, mais profundo.
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum e representa mais da metade dos diagnósticos de câncer. São mais de um milhão de novos casos por ano nos Estados Unidos e cerca de 120 mil novos casos no Brasil.
Exposição solar: exposição solar desprotegida agride a pele, causando alterações celulares que podem levar ao câncer. Quanto mais queimaduras solares a pessoa sofreu durante a vida, maior é o risco dela ter um câncer de pele.
Idade e sexo: O câncer de pele incide preferencialmente na idade adulta, a partir da quinta década de vida, uma vez que quanto mais avançada a idade maior é o tempo de exposição solar daquela pele. Também é um câncer que atinge homens com mais frequência do que mulheres.
Características da pele: Pessoas com a pele, cabelos e olhos claros têm mais chances de sofrer câncer de pele, assim como aquelas que têm albinismo ou sardas pelo corpo. Uma pele que sempre se queima e nunca bronzeia quando exposta ao sol também corre mais risco. Aqueles que têm muitos nevos (pintas) espalhados pelo corpo também devem ficar atentos a qualquer mudança, como aparecimento de novas pintas ou alterações na cor e formato daquelas que já existem. Pessoas com pintas ou manchas de tamanhos grandes também devem ficar atentas.
Histórico familiar: O câncer de pele é mais comum em pessoas que têm antecedentes familiares da doença. Nesses casos, principalmente se associado a outros fatores de risco, o rastreamento com o dermatologista deve ser mais intenso.
Os cânceres de pele podem ser divididos em câncer de pele não melanoma e câncer de pele melanoma. Dentre os cânceres não melanoma, há o carcinoma basocelular(CBC) que é o mais frequente e menos agressivo, e o carcinoma espinocelular ou epidermoide (CEC), mais agressivo e de crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular.
Aproximadamente 80% dos cânceres de pele não melanoma são CBC e 20% são CEC. Já o melanoma cutâneo, mais perigoso dos tumores de pele, tem a capacidade invadir qualquer órgão e espalhar pelo corpo. O melanoma cutâneo tem incidência bem inferior aos outros tipos de câncer de pele, mas sua incidência está aumentando no mundo inteiro.
Quando observar alguma lesão na pele, você deve procurar o médico dermatologista, este vai observar tamanho, forma, cor, textura da lesão, se ela sangra ou descama. Ele vai checar se há outras manchas e pintas suspeitas e verificar se há inchaço dos linfonodos (gânglios linfáticos), do pescoço, axilas, virilha, que pode indicar que o melanoma se espalhou.
A confirmação ou não do diagnóstico de câncer de pele é feito através de uma biópsia, a retirada de uma amostra de tecido que vai ser analisada ao microscópio.
Filtro solar e chapéu são as melhores armas para prevenir o câncer de pele. O ideal é evitar o sol, mas, caso vá se expor, que seja antes das 10 horas, ou à tarde, depois das 16 horas, sempre usando filtro solar (fator 15, no mínimo), chapéu e óculos escuros. Use também um protetor labial.
O cuidado deve ser redobrado com as crianças, porque a exposição exagerada ao sol nos primeiros 20 anos de vida é decisiva para o aparecimento de câncer de pele na meia-idade.
Uso de filtro solar não vale apenas para a praia, ele deve ser usado no dia-a-dia também, principalmente em áreas do corpo expostas durante passeios, caminhadas, ao fazer exercícios ou em compras ao ar livre.
A recomendação vale também para aqueles dias de mormaço ou nublados.
Use óculos escuros – com lentes de boa qualidade. Eles ajudam a proteger a pele delicada da região dos olhos.
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